Seis deputados do Acre já assinaram pela PEC que propõe fim da escala de trabalho 6×1
Seis deputados do Acre já assinaram pela PEC que propõe fim da escala de trabalho 6×1
A maioria dos deputados federais do Acre assinaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), propõe o fim da escala de trabalho 6×1 — seis dias trabalhados e um de folga –, com redução da jornada de trabalho de 44h para 36h por semana. Segundo Erika Hilton, o formato atual não permite ao trabalhador “estudar, de se aperfeiçoar, de se qualificar profissionalmente para mudar de carreira”.
Veja como se posicionam os deputados federais do Acre:
Antônia Lúcia (Republicanos) – votou sim
Gerlen Diniz (UB) – votou sim
Eduardo Velloso (UB) – aguarda avaliação de impactos econômicos
Coronel Ulysses Araújo (UB) – não conseguimos contato
Roberto Duarte (Republicanos) – votou sim
Socorro Neri (PP) – votou sim
Meire Serafim (UB) – votou sim
Zezinho Barbary (PP) – votou sim
Socorro Neri disse que sua posição em favor da PEC reflete seu compromisso de atender à demanda da sociedade, que considera a escala de trabalho de 6×1 exaustiva. “Como deputada federal, tenho o compromisso de acolher as demandas da sociedade, e a redução da exaustiva jornada 6×1 é uma reivindicação dos trabalhadores que precisa ser analisada com seriedade. Estamos falando de condições de trabalho que impactam diretamente a qualidade de vida de milhões de trabalhadores e de suas famílias”, falou ao ac24horas.
Gerlen Diniz afirmou que embora seja favorável à PEC, não acredita que o projeto tenha futuro na Câmara dos Deputados. “Acho a ideia interessante. Assinamos a PEC. Porém, num país em que os parlamentares ressuscitam a cobrança do DPVAT (agora com um novo nome SPVAT), e são incapazes de aprovar a cobrança de impostos sobre grandes fortunas, não acredito que essa PEC será aprovada. Espero estar enganado!”, disse.
O deputado Eduardo Velloso falou que espera análise econômica dos impactos de uma eventual aprovação da PEC, para formar opinião. “Acho que nós temos que ter cautela nesse momento, é um projeto que a princípio parece bastante interessante, mas tem que ver a viabilidade econômica disso. O governo tem que se posicionar, se a favor ou contra, para que a gente tome alguma atitude, o que for melhor para a economia e para o trabalhador. Não adianta eu beneficiar um lado e não ser sustentável economicamente”, explicou.
Roberto Duarte, por sua vez, disse que além de assinar a tramitação da PEC, vai apresentar proposta para que o Estado compense empresas, para que a eventual aprovação da lei não cause prejuízos econômicos. “Vou apresentar proposta para desonerar em 30% a folha salarial das empresas, na medida da diminuição da jornada de trabalho, como forma de compensação, pois o Governo tem a obrigação de assegurar que essa medida não termine em demissões em massa, redução de salários e/ou aumento dos custos dos produtos e serviços, vez que os empresários terão que contratar mais colaboradores, aumentando suas folhas”, afirmou.
Para que a PEC comece a tramitar, é necessária a assinatura de ao menos 171 dos 513 deputados federais. Na noite desta segunda-feira, segundo Erika Hilton, o número havia chegado a 134.
Por ac24horas
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